terça-feira, 18 de setembro de 2012

Ainda a varicocele

Hoje voltei na minha médica para mostrar o último espermograma do Gu. A concentração está menor que o exame anterior. Ela olhou e balançou a cabeça, falando que estava baixo demais.

Por mais que eu soubesse que tinha baixado, acho que esperava uma palavra de consolo, como foi das últimas vezes. Uma posição otimista, talvez alguma história que tivesse dado certo, mesmo com a quantidade tão baixa.

Mas não foi isso que ouvi. Como ando cansada e um pouco triste, acho que foi a gota d´água para o meu copo de tristeza. Desabei.

Não, não chorei. Não naquele momento. Ainda estava assimilando as coisas. Ela falou que havia coisas que o Gu ainda podia fazer e falou para procurarmos um urologista. O difícil é que urologista está muuuuito difícil. Demorou muito até conseguirmos um bom em São José dos Campos, e ainda não achamos nenhum em São Paulo. Fui desanimando...

Vou tentar marcar uma consulta com o uro de SJC. Vamos ver se o Gu conseguirá ir também, tem essa. Mas fico impressionada como é difícil achar um bom uro. Se o problema fosse comigo já poderia ter resolvido, claro, dependendo da gravidade do mesmo.

Dias atrás li que a infertilidade masculina é um grande desafio para os médicos. Poucos estudos foram feitos nesse sentido e eles ainda não sabem como aumentar a quantidade de espermatozóides. Fato, fato triste.
Leiam a entrevista na íntegra: http://drauziovarella.com.br/sexualidade/infertilidade-masculina/

Tenho certeza que isso tem a ver com uma boa dose de machismos...

Portanto, mães de meninos! Levem seus filhos no Urologista quando estiverem na adolescência. Façam como nós, meninas, que somos ensinadas a nos cuidar, a prestar atenção no corpo, a anotar o dia da menstruação e etc, desde bem cedo.

A maioria dos casos de varicocele aconteceu com o menino na adolescência. Como poderíamos prevenir e ajudar se encontrássemos esse diagnóstico mais cedo!

Já ouvi boas e lindas histórias de verdadeiros milagres, mesmo com um número baixo de espermatozóides. Acredito em milagres, e acredito que Deus está cuidando de mim, do Gu, da nossa família e de nossos futuros filhos (ou não, pois ele pode ter algo diferente para nós, não é?). Glória a Deus por isso também.

Mas hoje, só hoje, quero ficar quietinha e chorar. Nenhuma história hoje vai tirar a minha tristeza.