Uma luz...

No último texto contei que fomos em um urologista indicado e foi péssimo! Essa vida de "inférteis" tem sido cheia de visitas e mais visitas a médicos, laboratórios e etc. E sinceramente, é beeeem cansativa!

Na prática parece que ninguém conhece o suficiente sobre a infertilidade. Principalmente se a infertilidade parece vir do homem, já que nós, mulheres, já fomos muito mais estudadas e investigadas nesse assunto do que eles.

E foi nessas idas e vindas a consultórios que eu falei para o Gu: Cansei! Não aguento mais ir de médico em médico para encontrarmos alguém que realmente olhe nossos exames e dê um diagnóstico, nos dê números, estatísticas!

Aí decidimos ir numa clínica de fertilidade. Pelo menos ali a chance de sermos bem atendidos por pessoas que conhecem do assunto era maior.

Pedi indicação para uma amiga que conheci através deste blog e lá fomos nós. Pagamos a consulta, fomos atendidos por duas ginecologistas que fizeram uma bateria de perguntas e mais perguntas. Olharam TODOS os nossos exames, perguntaram e perguntaram. Só isso já valeu o preço!

Foram muito atenciosas, explicaram nossa situação e o que elas indicavam fazer. Se dispuseram a responder nossas dúvidas, TODAS!

A consulta foi excelente (graças ao bom Deus!). Mas eu fiquei chocada o tempo todo. Meu rosto mostrava a minha tristeza... Nunca me imaginei ali. Só passava pela minha cabeça os meus sonhos, o sonho da gravidez, fazer o teste e ver o positivo, contar aos meus pais e sogros, fazer a surpresa para o Gu... Tudo, tudo que imaginei estava ruindo. Não foi fácil.

O Gu, ao contrário, foi super mega simpático (ainda bem, ele fez bem por nós dois!), e fez várias perguntas, considerações, cálculos (como um bom estatístico) e até piadas.

Saímos de lá com uma lista imensa de exames para fazer (todos bem diferentes dos que tínhamos feito até aqui, complementares) e voltaremos com os resultados. Mas elas já indicaram para fazermos a FIV (Fertilização in Vitro). Pelo jeito temos pouquíssimas chances de engravidar naturalmente, algo em torno de 15% e como já estamos tentando há 3 anos, dificilmente conseguiremos.

Sempre acreditei que a verdade liberta. E é verdade. Mas também não é fácil ouvi-la... Foi um baque para mim ouvir isso.

Chorei, chorei, chorei... Mas cheguei em casa e precisava trabalhar, e daí apaguei tudo isso da mente, evitava pensar. Dois dias depois a ficha caiu e daí desabei.

Vamos fazer todos os exames. Depois voltaremos a pensar nisso.

Mesmo triste, é melhor saber, sempre é. Uma pequena luz pode iluminar e mostrar um caminho inteiro...