terça-feira, 17 de julho de 2012

A cirurgia deu certo?

Dar certo é tão relativo... Nessas minhas andanças e pesquisas na internet li muita, mas muita coisa sobre infertilidade. Essa palavra indigesta passou pela minha mente e olhos muitas vezes. Sim, somos inférteis, pelo menos até agora.

Infertilidade é diferente de esterilidade. Ser infértil não quer dizer que não vai engravidar nunca, mas quer dizer que agora, neste momento, você não tem condições científicas, clínicas para tal. E mesmo fazendo tudo certinho, não engravida.

O exame do Gu antes da cirurgia era baixíssimo. Muito baixo mesmo. Tristemente baixo! Com a cirurgia melhorou muito. Quase triplicou a quantidade de espermatozóides e a qualidade deles cresceu vertiginosamente. Graças ao bom Deus! As nossas chances aumentaram muito, mas não chegaram num exame considerado bom. Existe um mínimo necessário para ser considerado fértil, e não chegamos nesses parâmetros nos últimos exames. Por isso dar certo é relativo.

Sim, a cirurgia deu certo para mim, para o Gu, para nós. Mas só saberemos o resultado mesmo se engravidarmos.

Talvez você esteja se perguntando: mas e você Andrea, será que não tem nada físico que pode atrapalhar também? Bom, a resposta é não. Fiz muitos exames e continuo fazendo. Agora estou sendo acompanhada por uma médica que é especialista em infertilidade (e graças a Deus por isso novamente), e até agora nada de errado nos meus exames.

Isso é bom, né? Eu sei que é. Mas ao mesmo tempo é incômodo. Algumas vezes desejei que eu tivesse o problema e o Gu não. Não sei, me parece que as mulheres lidam melhor com essas coisas de saúde, dificuldades, ansiedades, maternidade. Talvez eu conseguisse superar melhor se estivesse em mim o problema, não sei. Parece ser mais fácil me culpar, pois não consigo culpar o Gu pelo que está acontecendo com a gente. Acho que queria culpar alguém e esse alguém só pode ser eu ou Deus. Como não posso ver Deus, brigar comigo no espelho talvez ajudasse. Talvez.

O Gu não gasta tanto fosfato quanto eu nessa questão. Ele me apoiou a fazer este blog, mas não perde noites de sono por conta disso. Diferente de mim.

Acho que ele tem mais fé que eu. Esta semana conversamos sobre isso, perguntei a ele: Gu, e se nós não pudermos ter filhos, nunca? Sabe o que ele respondeu? Que não consegue imaginar isso, que parece muito impossível esta situação. Ele realmente tem mais fé que eu.

E, como ouvimos mais uma vez na igreja este domingo, fé é dom de Deus, não vem de nós, é Ele que nos dá. Então não depende do meu poder, é Deus que me dá essa fé. Hoje a fé do Gu tem me bastado.

E você, tem fé? Tem fé em que? O que desafia a sua fé?

Até o próximo post.


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