sábado, 28 de julho de 2012

O que é natural?

Uma das coisas que venho pensando bastante é se eu toparia fazer uma Inseminação Artificial (IA) ou Fertilização in Vitro (FIV). Não, não é o caso ainda. E, sinceramente, espero que nem precisemos disso.

Mas a questão é além. Não sei se toparia. Será que a minha vontade de gerar um filho é tanta que faria isso? Sinceramente não sei.

E daí vem a questão. Nós, mulheres (pelo menos em sua maioria), sempre nos imaginamos grávidas. A menina que nunca colocou um travesseiro na barriga para ver como ficaria gestante que atire a primeira pedra! Esse sonho, alimentado em nós e por nós desde pequenas é muito antigo. Engravidar, gerar vida, sentir uma nova pessoa crescer dentro de você, ainda mais quando é fruto de um amor tão precioso, é bênção demais da conta!

E isso é tão natural... Não é mesmo? Duas pessoas que se amam, se entregam, e de repente: grávida! A vida muda por completo. É uma dessas surpresas que a vida prepara que mudam nosso caminho e nos fazem nunca mais sermos as mesmas. Dádiva.

E não adianta contar os dias, medir com o termômetro a temperatura ideal, fazer exames, tentar posições novas, fazer malabarismos e acrobacias para tentar engravidar. Quando você menos espera acontece (pelo menos é o que tenho visto acontecer por aí). E muitas vezes é quando você menos espera mesmo! Tenho muitas amigas que são mães solteiras, que engravidaram num descuido, numa bobeira, nunca imaginaram que uma vez poderia mudar toda a sua vida. Pois é, pode! E isso é graça!

Bênção, dádiva, graça. Isso quer dizer que não depende de nós, certo? Acontece. E acontece quando Ele quer (ou o destino, seja lá a quem você atribui essas coisas), só sei que a nossa vontade não faz muito peso nessa balança.

E daí, tentar algum método artificial para isso... Gera uma imensa bagunça na minha cabeça. Quero gerar um filho naturalmente, quero que a minha menstruação atrase e eu, desconfiada que só, não vou comprar mais uma vez o teste de farmácia para não me decepcionar novamente, e eis que a dita cuja não vem, não vem, não vem, e depois de vários dias de atraso tomo coragem e PIMBA! O tão sonhado resultado chega. Não consigo nem imaginar isso acontecer de tanto que sonho com isso.

Amigas, não estou julgando ninguém, nem nenhum método. Acho que eles são viáveis, são bênçãos também, pois muitas mulheres e homens não teriam a oportunidade de engravidar se não fosse através deles. Mas sinceramente, se eu precisar, hoje posso dizer que não faria uso deles.

Adotar é uma possibilidade, quero adotar. Adoro crianças. Mas também não quero colocar a minha expectativa de gerar um filho, de engravidar, numa pessoa que não tem nada a ver com isso. Não vou adotar só para "relaxar", ou para ter um filho como "prêmio de consolação". Deus me livre disso!!! Uma criança não merece nada menos que muito amor e muita entrega.

O que é natural? O que é o melhor a fazer? Ainda acho que é melhor seguir o coração. IA, FIV, adotar, não importa, o que não podemos esquecer é estar em paz com a decisão, seguir em frente e não perder a esperança.



4 comentários:

  1. Bastante interessante (e diferente) essa sua opinião. Também tô nessa luta há quase 2 anos e os tratamentos (IA, FIV) são a próxima fase nessa minha luta. Fico aqui pensando com meus botões: será que se eu não fizer os tratamentos, não vou estar desistindo desse sonho? O que me custa tentar? (além da fortuna cobrada, claro...rs) A medicina tá aí pra isso mesmo.
    Óbvio que sempre quis que fosse natural, mas né? Nem sempre temos o que queremos na hora que queremos.
    Mas no fim concordo quando diz que cada um sabe o que é melhor para si. Vou torcer por vc! =)

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  2. Oi Bruna.
    Na verdade nem sei se é uma opinião, é o que estou refletindo no momento... Para mim é difícil pensar numa FIV ou IA, mas não quer dizer que sou contra ou não farei. Só agora, no momento, é complicado pensar nessa possibilidade.
    Além do custo, como você bem disse, não sei se toparia passar por isso. Simplesmente não sei.
    Oro para que nessa nova fase da sua luta Deus te dê muita tranquilidade e disposição. Depois me conta como foi e o que sentiu, vou adorar saber.
    Abração.

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  3. Esta é uma decisão bem importante na vida do casal. Há que se discutir os prós e contras, e o que quer que seja decidido, deve mesmo ser de peito aberto.

    Fiz a FIV. É bom lembrar que fazer o tratamento não implica, necessariamente, em sucesso ao final do tratamento. É preciso ter consciência disso pois, num dado momento, fica tudo nas mãos de Deus. Essa é a hora em que Ele decide... no meu caso, Ele decidiu que era o momento de a gente receber a benção.

    Hoje estou com um bebezinho no ventre, e grata a Deus por tudo!

    Faço votos de que você continue firme, forte, cheia de esperança e fiel ao que acredita. Vá em frente e não perca a fé, viu? =)

    PS.: Sou amiga de Carina, uma amiga sua que divulgou o seu blog para mim. =)

    Beijos,
    Lidi

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    1. Oi Lidi! Que bom que deu certo sua FIV! Bênção de Deus mesmo!
      Eu, agora, não considero essa possibilidade. Mas não tenho dúvidas de quanto tem abençoado muitas pessoas que não conseguiram o bebê de outras formas.
      Que seu bebê venha com muita saúde e alegria!
      Beijinho.

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